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Matemática é como o sexo: só se aprende com a prática, diz o matemático
Jorge Buescu, citando um antigo professor. Não há atalhos, é preciso
treino e persistência, mas pode ser um caminho muito interessante,
garantem os autores de "Treze viagens pelo mundo da Matemática".
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António Machiavel, Carlos Sá, Jorge Roger e Jorge Buescu |
Para os puristas da Matemática, querer demonstrar a sua beleza recorrendo à sua aplicabilidade é tão irritante como perguntar a um poeta a utilidade de um soneto, diz António Machiavelo, autor de um dos 13 capítulos que compõem o livro editado por Carlos Correia de Sá e Jorge Rocha, professores da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto. Todavia, provar algumas das utilizações práticas pode ser uma via para interessar os jovens por uma disciplina tão mal-amada.
Jorge Buescu, que fez a apresentação da obra, acredita que "a Matemática pode ser sexy" para os jovens se os desafiar a descobrir que "o mundo de hoje - o Google, os telemóveis, os cartões de crédito - baseia-se em códigos matemáticos", que podem ser compreendidos.
Os editores contam, na introdução do livro, que o jovem príncipe Alexandre da Macedónia terá questionado o seu mestre se não seria possível aprender geometria de forma mais célere. O geómetra Menecmo terá respondido que "não há estrada real para a geometria", referindo-se à via que ligava Susa a Sardis (correspondente às vias de alta velocidade dos nossos dias). Não havia na Antiguidade e continua a não haver agora, no tempo da internet e das potentes máquinas de cálculo. "Não se aprende sem esforço", sublinha Carlos Correia de Sá.
Pesquisa realizada no site:
http://www.jn.pt/
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