Matemáticos em primeiro lugar em uma nova classificação das melhores e piores ocupações nos EUA
Dezenove anos atrás a carreira de
Jennifer Courter tomou um caminho que, desde então, lhe deu um fluxo
constante de empregos lucrativos e de baixo stress. Agora a sua
profissão - Matemática - foi classificada no topo de um novo estudo dos
melhores e piores empregos nos Estados Unidos.
"É muito mais do que apenas uma
matéria chata que todo mundo tem que aprender na escola", diz a Sra.
Courter, uma pesquisadora em matemática que trabalha na "Mental Images
Inc.", um fabricante de software de visualização 3D em São Francisco.
"É a ciência da resolução de problemas."
O estudo, que será liberado a partir de terça feira na CareerCast.com,
um novo site de empregos, avalia 200 profissões para determinar o
melhor e o pior de acordo com cinco critérios inerentes a todo
trabalho: meio ambiente, renda, chance de se obter um emprego,
exigências físicas e stress (CareerCast.com é publicado pela Adicio
Inc., na qual a empresa proprietária do Wall Street Journal, News Corp,
detém uma participação minoritária.)
Os resultados foram compilados por Les
Krantz, autor de "Jobs Rated Almanac", e são baseados em dados do
gabinete americano de estatísticas do trabalho e do "Census Bureau" (o
departamento americano que faz o recenceamento), bem como estudos de
associações comerciais e a experiência do Sr. Krantz.
Segundo o estudo, matemáticos se saíram
melhor em parte porque normalmente trabalham em condições favoráveis -
em ambientes fechados e em locais livres de substancias tóxicas ou
ruído - ao contrário daqueles no final da lista, como operador de
centrais de processamento de esgoto, pintor e pedreiro. Também não se
espera deles que trabalhem levantando pesos pesados, se arrastando ou
se agachando - atributos associados a ocupações como bombeiro,
mecânico de automóveis ou encanador.
O estudo considera também salário, que
foi determinado medindo-se o rendimento médio de cada trabalho e seu
respectivo potencial de crescimento. O rendimento anual dos Matemáticos
foi calculado em US$ 94.160, mas a Sra. Courter, que tem 38 anos, diz
que seu salário é superior a esse montante.
O seu emprego consiste em trabalhar como
parte de uma equipe virtual que cria programas de computador baseados
em matemática, alguns dos quais foram utilizados para fazer filmes
como "The Matrix" e "Speed Racer". Ela trabalha em casa, em seu
computador conectado com a rede da empresa e raramente trabalha horas
extras ou se sente estressada. "Resolução de problemas envolve muito
pensamento", diz a Sra. Courter. "Eu acho isto tranquilizante".
Outros empregos no topo da lista do
estudo incluem Atuário, Estatístico, Biólogo, Engenheiro de Software,
Analista de Sistemas, Historiador e Sociólogo.
Os 20 melhores empregos estudados foram:
- Matemático
- Atuário
- Estatístico
- Biólogo
- Engenheiro de Software
- Analista de Sistemas
- Historiador
- Sociólogo
- Designer Industrial
- Contador
- Economista
- Filósofo
- Físico
- Oficial de Liberdade Condicional
- Meteorologista
- Técnico de Laboratório de Análises Clínicas
- Assistente Paralegal
- Programador de Computador
- Editor de Cinema
- Astrônomo
- Pedreiro
- Bombeiro
- Trabalhador em Clínicas Infantis
- Pintor
- Enfermeiro
- Tecnico em Descontaminação Nuclear
- Açougueiro
- Mecânico de Automóveis
- Metalúrgico (Sheet Metal Worker)
- Carteiro
- Trabalhador em Construções
- Ferreiro
- Lojista
- Soldador
- Lixeiro
- Técnico de Emergência Médica
- Marinheiro
- Motorista de Taxi
- Trabalhador em Fazenda de Laticínios
- Lenhador
Mark Nord é um sociólogo que trabalha para o
Departamento de Agricultura do "Serviço de Pesquisas Economicas" em
Washington, DC. Ele estuda questões relacionadas à fome em lares
americanos e escreve relatórios científicos sobre suas descobertas. "A
melhor parte do trabalho é a sensação de que eu estou contribuindo para
que os políticos tomem decisões acertadas", diz ele. "As conclusões às
quais eu chego são utilizadas por organizações sociais (advocacy
organizations), a mídia e funcionários do governo.
O estudo estima que sociólogos ganhem US$63.195 por
ano, embora o Sr. Nord, de 62 anos, diga que seu rendimento é cerca de
duas vezes esse montante. Ele diz que não está surpreso com os
resultados da pesquisa pois o seu trabalho gera pouco stress e ele tem
um horário fixo, trabalhando sempre das 7h30 às 4h00. "É tudo feito no
computador em minha mesa", diz ele. "O principal risco ocupacional é a
síndrome do túnel do carpo."
Na extremidade oposta do espectro de carreiras estão
os lenhadores. O estudo mostra que estes trabalhadores tem a pior
ocupação, devido à natureza perigosa do seu trabalho, um emprego com
poucas perspectivas e baixa remuneração anual - apenas US$32.124.
Novos equipamentos protetores - tais como coberturas
para calças feitas de materiais reforçados com fibra de vidro - e uma
maior ênfase na segurança contribuíram para reduzir lesões entre os
lenhadores, diz Paul Branch, que gerencia o departamento de madeira na
"Pike Lumber Co" in Akron, Indiana. Ainda assim acidentes ocorrem de
tempos em tempos, e alguns até mesmo resultam em morte. "Não é um
trabalho que qualquer pessoa possa fazer", diz o Sr. Branch.
Mas Eric Nellans, que tem cortado madeira nos
últimos 11 anos para Pike Lumber, é apaixonado pela sua profissão. "É
um trabalho muito gratificante, especialmente no final do dia quando
você vê o trabalho realizado", diz ele. O sr. Nellans, de 35 anos, não
se desencorajou mesmo depois de ter quebrado a perna direita há quatro
anos ao derrubar acidentalmente uma árvore morta. "Eu estava de volta
na floresta cortando madeira em cinco semanas", diz ele.
Outros empregos no final da lista: trabalhador em
fazenda de laticínios, taxista, marinheiro, técnico de emergência
médica e carpinteiro.
Mike Riegel, um carpinteiro de 43 anos em
Flemington, Nova Jersey, diz que gosta de trabalhar "ao ar livre". Uma
vez que ele dirige o seu próprio negócio, que ele herdou de seu pai,
ele pode iniciar e terminar o seu dia bem cedo no verão ou fazer o
oposto quando está frio.
O estudo estima que carpinteiros ganhem rendimentos
anuais de US$34.164, o que o Sr. Riegel diz que é coerente com aquilo
que ele paga a novos empregados. Carpinteiros também foram mal
classificado por causa de suas condições de trabalho perigosos. "Você
não pode, evidentemente, ter medo das alturas", diz o Sr. Riegel, que
uma vez caiu de dois andares enquanto trabalhava em um telhado na
chuva, mas felizmente aterrisou com segurança em uma pilha macia de
terra. "Por muito pouco eu não caí no cimento."
Pesquisa realizada no site:
http://www.profcardy.com
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